A pergunta que nos move é: como estimular a consciência da sustentabilidade ambiental, social e econômica num mundo compreendido como mercado, onde os habitantes do planeta são vistos antes como consumidores ?
Nossa linha do tempo conta sobre a nossa busca de mais de uma década através da pesquisa científica aplicada em nossa realidade. As transformações educacionais e sociais pelas quais passamos ao longo dos anos refletem a construção gradual do entendimento da sustentabilidade em sua tridimensinalidade: social, ambiental e econômica. No começo víamos apenas o problema da gestão dos resíduos no pilar ambiental da sustentabildiade, por isso o nome da marca Proposta Verde, almejávamos a sustentabilidade, mas a compreendíamos apenas pelo seu pilar ligado ao meio ambiente. Hoje entendemos suas vitais dimensões social e econômica. Impactamos positivamente nossa comunidade, ao abrirmos espaço e desenharmos projetos para que atuem em coletivos expressando a cultura local, que por sua vez tem potêncial econômico em arranjos de economia verde: a economia criativa, solidária, circular. São muitos os movimentos na mesma direção.
2008 O primeiro produto da Proposta Verde foi a reutilização de madeiras de redescobrimento (demolição) para a produção de mobiliários. Após alguns anos atuando neste modelo, percebeu que suas operações geravam muito resíduo, formando um extenso volume de pedaços de madeira, precisava então solucionar a gestão dos resíduos sólidos.
2011 O curso de pós graduação em Ecodesign foi fundamental para abrir o horizonte e redirecionar as ações. O trabalho de conclusão do curso foi aplicado na Proposta Verde, utilizando as ferramentas básicas de ecodesign em sua realidade prática. O artigo científico foi publicado na Revista Projética da Universidade UEL. Ainda na pós graduação os alunos criaram uma luminária feita de madeira de redescobrimento e led. Esta vivência pedagógica deu origem a uma linha de luminárias de madeira.
2015Após 8 anos sediada em uma galpão industrial na cidade de Ibirama, a Proposta Verde se mudou em 2015 para uma sede própria, em um prédio histórico centenário de Rio do Sul - SC, local onde foi a primeira casa de comércio da localidade ,hoje promove diversos projetos culturais para esta comunidade, como o Dia Mundial da Criatividade, o Amo Mercado Criativo, o Musas Coletivo de Moda entre outras experiências pedagógicas, permaculturais e artísticas.
2016 Entre o período de lançamento e a venda da coleção de luminárias, a Proposta Verde foi selecionada para o Programa Exporta SC do Sebrae, com o objetivo de ser capacitada para se internacionalizar, trajetória que possibilitou a sua primeira missão internacional de negócial na Flórida - EUA em 2016. O programa teve dois anos de desenvolvimento de projeto e capacitação. a jornada foi de grandes transformações, conexões e reinvenções.
2017 A coleção de luminárias foi distribuída pela Leroy Merlin em mais de 50 lojas no Brasil.
2018 A linha de luminárias encontrou barreiras de certificação específica dos EUA que demandam alto investimento. Foi aí que surgiu a ideia de substituir o produto para uma coleção de acessórios de moda. A coleção foi criada em 2017, lançada para o varejo em seu primeiro e-commerce próprio que fracassou por inexperiência, baixo investimento entre outros fatores. Ao entender a dificuldade de alcançar amplamente o varejo, passou a buscar parcerias estratégicas de distribuição até quem em 2018 lançaram a linha de ecojoias de madeira nas Lojas Renner, foram mais de 10 mil peças (brincos e colares) para as mais de 300 lojas da rede no Brasil.
2019 O lançamento das ecojoias de madeira na Renner levou a Proposta Verde a ser finalista dos Prêmio Ecoera 2018, Prêmio Brasil Criativo 2019, Prêmio de Inovação Acirs 2019, Homenageada empresa sustentável do Programa PEIEX - APEX 2019, além de selecionada para o Micbr (Mercado das Indústrias Criativas do Brasil) e para o Design Export do Centro Brasil design 2019. Com o novo posicionamento, a empresa firmou parceria de fornecimento de acessórios de moda para marcas expressivas como a Osklen, Bemglô, Loborátório Fantasma, Mormaii Flávia Aranha, entre outros.
2020 cursamos dentro do Núcleo de Desig e Sustentabilidade da Universidade Federal do Paraná (UFPR) as disciplinas de Design para a Sustentabilidade e Design de serviços Sustentáveis e na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) as matérias de Design centrado no Usuário ,Semiótica e Egonomia Compreendemos mais profundamente a dimensão social da sustentabilidade e fundamos junta a atores da nossa comunidade a Associação Sem Fins Lucrativos Balseiro, como meio de viabilizar projetos educacionais e culturais com apoio e fomento público e privado. Neste mesmo ano realizamos a primeira edição do projeto Musas Coletivo de Moda, através do Prêmio Nodgi Pellizzetti de Incentivo a Cultura. Fomos aprovados também pelo Design Export, onde desenvolvemos a coleção conceitual Eva, com um material inovador no mundo (beleaf - tecido vegetal da Nova Kaeru) junto com o Studio de Design Furf e apoio do Centro Brasil Design.
2021 Com muito orgulho recebemos o Prêmio Design for a Better World do Centro Brasil Design com o Musas Coletivo de Moda como melhor projeto. Recebemos o convite do professor doutor Aguinaldo dos Santos, do Núcleo de Design e Sustentabilidade da UFPR para sermos os "clientes" da próxima turma da disciplina Design para a Sustentabilidade. Oportunidade que tivemos de aprofundar as pesquisas sobre nosso projeto Musas Coletivo de Moda e sua importância para a comunidade. Participamos do VIII Simpòsio de Design Sustentável + Sustainable Design Symposium considerado o principal evento do tema no Brasil, a Learning Network on Sustainability (LeNS-Brazil) e a Design for Social Innovation Network (DESIS) endossaram o evento ,com o case Proposta Verde - negócio e sustentabilidade- que apresenta a relação entre a pesquisa e o mercado numa simbiose importante e frutífera, com relatos genuínos de boas práticas sendo implementadas.
2022 O projeto Amo Mercado Criativo recebeu o convite do Centro Universitário para o Desenvolvimento do Alto Vale do Itajai (Unidavi) para a incubação no Gtecsocial da instituição, oportunidade que gerou novas conexões, cohecimentos e capacitações para todos os atores que participam . O projeto Musas Coletivo de Moda foi adaptado e aprovado pelo FIA (Fundo para a infãncia e adolescência), gerando nosso primeiro curso de educação não formal para a sustentabilidade, atendendo 20 adolescentes de 14 a 16 anos.
2023 Iniciamos o planejamento para digitalizar a marca e atender o varejo, de modo a nos aproximarmos do público e oportunizar mudanças ao nosso comportamento de consumo , desenvolvimento do branding, criação e produção de uma linha de produtos upcycling e com o desenvolvimento deste ecommerce. A continuação da nossa história conta com você, que nos acompanhou até aqui. :)